sexta-feira, 11 de novembro de 2011

"Que País é esse onde o preconceito está guardado em cada peito?!
Que País é esse onde as pessoas não podem ser iguais, devido a suas classes sociais ?!"
                                                                                                      Bob Marley


Um pouco da história do preconceito racial no mundo

Em 1957, a estudante Elizabeth Eckford conseguiu, por meio de uma ação judicial, ingressar em colégio de Little Rock, no Arkansas, antes restrito a brancos. Em seu primeiro dia, ela recebeu escolta policial para se proteger da hostilidade dos estudantes brancos.
Martin Luther King foi um pastor e ativista político norte-americano e uma das inspirações do presidente eleito Barack Obama.
Líder negro de resistência ao regime de apartheid na África do Sul, Steve Biko foi assassinado em 1977 enquanto estava sob custódia policial.
Mandela foi o primeiro presidente negro da África do Sul e comandou o desmonte do regime de apartheid.
Protesto diante da Corte Suprema de Pretória, onde dois brancos jogadores de rugbi eram julgados pelo assassinato de um jovem negro, em 2002
Policial mostra garota negra sul-africana que foi pintada de branco por ordem de um proprietário branco de uma loja, devido a uma suposta tentativa de assaltar o local. O fato ocorreu em agosto de 2000 em Louis Trichardt, uma cidade conservadora no norte da África do Sul.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/album/081120negromundo_album.jhtm

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O Brasil é um país racista?

Acreditamos que sim. A desigualdade racial no Brasil é a representação de uma cultura preconceituosa, imposta pela educação que recebemos. O nível dessa cultura é o que nos leva a formar um conceito tão desumano sobre as diferentes origens e diversidades.
           Nos livros didáticos, vemos que a história dos negros no Brasil enfatiza uma vida de escravidão, sofrimento, humilhação e dor. E a criança negra na escola só tem acesso a historia de seus antepassados, como um povo inferior. E dessa forma, é compreensível que essa criança queira esconder suas origens, desencadeando um processo de preconceito entre os colegas de classe e depois, no próprio meio social em que vive.
Pesquisando no dicionário Aurélio a palavra preconceito, encontra-se ”Uma forma de pensamento na qual a pessoa chega a conclusões que entram em conflito, com os fatos,por tê-los prejulgados”. Num país onde o slogan é “Brasil um país de todos!”, como podemos semear uma cultura tão desigual? De que forma poderíamos colher bons exemplos, aonde um deveria respeitar o outro, ao invés prejulgá-lo? Ainda há tempo de formar uma cultura diferente aonde o ser humano é trato como dignidade. Ainda há tempo para o preconceito deixar de existir se pessoas olharem por trás da cor da pele. Ainda há tempo.

Entrevista com Lourenço Ribeiro dos Santos

Lourenço Santos, professor do Colégio Apoio, é o criador do projeto, no qual pretende mostrar aos alunos a trajetória do desenvolvimento do continente africano, bem como sua influência e importância na formação da identidade brasileira. Serão discutidos temas como religião, fatos históricos, culinária, danças e conquistas. E, aproveitando o assunto África, fizemos algumas perguntas que englobam a questão da África no Brasil atual e algumas polêmicas.

Per. Qual a perspectiva do afro-descendente aqui no Brasil?  

Resp. O Brasil é hoje o país que mais diminui os níveis de racismo no mundo, mas é muito pouco para a segunda maior população de negros do planeta; contudo os resultados têm sido animadores e Lei de Quotas tem aumentado a perspectiva e a auto-confiança dos jovens de baixa renda e consequentemente de muitos afro-descendentes.

Per. Como surgiu o racismo?

Resp. Quando alguém achou que seu povo era diferente do outro e superior. Mas as desigualdades físicas são geradas pelas diversas adaptações feitas entre seres humanos e meio ambiente, clima, vegetação, aspectos geográficos e muito mais.

Per. Você acredita que ainda existe racismo no Brasil?

Resp. Muitas vezes camuflado, mas ainda temos o racismo sem camuflagem, nas ruas, nas periferias, nos grandes condomínios, nas grandes escolas, nas melhores faculdades, no plenário e nas clínicas, hospitais e muitos outros lugares. Contudo o racismo disfarçado é o mais comum hoje em dia devido à lei que pune o racismo.
O racismo disfarçado ocorre sob o pretexto que é pobre ou feio. "Tinha que ser pobre"; Pobre com celular que fotografa: só mostra afro-descendentes em fotos que eles se sentem felizes, mas são ridicularizados por sites ou correntes do ciber-bulling. Ser negra bonita é ser morena linda e ser negro bonito é que negão lindo. Já o de pele clara é apenas um homem lindo.


Per. As cotas para ingresso em universidades são uma forma de preconceito?
Resp. De forma nenhuma, quem relata isso são jovens e adultos que se sentem prejudicados com as cotas! As cotas realçam a auto-estima dos estudantes das escolas públicas eos fazem cobrar mais de seus mestres e até de seus pais. Só sabe a realidade aquele que convive com ela, no mais, é só especulação e falácia de ricos.

Per. Devido ao seu próprio processo histórico, o negro acaba se excluindo da sociedade?
Resp. Muitos sim, mas outros encontram barreiras. Uns ainda se sentem inferiores e aceitam o processo de discriminação, não buscando evoluir, se reeducarem e até se permitem a manipulação do comportamento. Contudo não é geral, pois muitos têm suas consciências formuladas com base em processos históricos.

Per. O que há de África em nós?
Resp. Comidas, ritmos, músicas, gens, língua, crendices, religiões e cima de tudo... A negritude é maioria no processo de formação cultural, étnica e no processo de construção física do nosso país. Quem construiu a escola, o teatro, o cinema, o Shopping e tudo mais foi a mão de obra afrodescendente.

Duelo de Titãs- Ultrapassando barreiras através do esporte

          Lançado no ano de 2000, o filme americano “Duelo de Titãs”, dirigido por Boaz Yakin, além de emocionar, traz uma história verídica sobre dois times de futebol americano, que tem em comum a vontade de ganhar o campeonato estadual. Mas para isso, vão ter que deixar os preconceitos raciais e sociais de lado.
          O longa se passa no estado da Virgínia, na década de 70, época na qual brancos e negros não interagiam, e mostra a dura tarefa do treinador Boone (Interpretado por Denzel Washington) de unir essas duas etnias para formar só um time de futebol.Por isso,mais do que os jogos,o racismo é o maior desafio enfrentado pelo técnico.Sabendo o longo caminho que tinha pela frente,ele resolve vencer essas barreiras através da convivência.
         O figurino e o cenário são adequados à época, e a trilha sonora impecável faz com que cantemos e dancemos juntos.Definitivamente,empolga do começo ao fim. Nas atuações, destaque para Wood Harris, Lyan Hurts e claro, Denzel Washinton, protagonistas para o sucesso da equipe. O filme é exemplo de superação e mostra que todos nós somos iguais, independente de cada cor, raça ou classe social.
         Com um roteiro bem elaborado cuja história vai além das telinhas, “Duelo de Titãs” toca o coração do espectador e abre uma reflexão sobre a realidade em que vivemos. Não se trata apenas de um filme sobre o futebol, mas também e principalmente de superação e combate ao preconceito racial através do esporte. Vale muito a pena assistir!